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O Satyricon sem sombra de dúvida é a dupla mais famosa e respeitada do black metal. Conquistaram essa posição com muito trabalho, que começou por volta de 1992 na Noruega. Uma demo auto intitulada marcou a estréia da banda no cenário underground local. No início o Satyricon era um quarteto formado por Satyr (Vocal), Lemarchand (Guitarra), Wargod (Baixo) e Exhurtum (Bateria).

Mesmo com o grupo desfalcado de dois integrantes, o pilar inicial da banda, o vocalista Satyr e o guitarrista Lemarchand, não desanimaram e gravaram mais uma demo chamada “The Forest Is My Throne”, essa chamou a atenção da gravadora sueca No Fashion Records. Nesse período, o baterista Frost foi convidado para gravar a demo.

E mais uma baixa aconteceu no grupo, foi a saída do guitarrista Lemarchand. Satyr e Frost se tornaram peça fundamental da banda, resumindo: a própria banda.

Satyr escreve letras sobre sua fascinação pela Idade Média e a atmosfera que ela inspira. Fantasias, visões da morte, escuridão e pragas repugnantes ilustram suas metáforas.

A gravação do primeiro álbum foi um tanto quanto conturbada, pois além dos problemas em se estabilizar uma formação, a gravadora havia cortado a verba do álbum pela metade. Enquanto a banda trabalhava duro em seu debut “Dark Medieval Times” a gravadora teve que interromper os trabalhos até que dívidas fossem ressarcidas.

Para finalizar o álbum, a dupla bancou do próprio bolso a produção. Em seguida foram atrás de uma gravadora. Até que conseguiram lançar pela Tatra Records.

Finalmente em 1994 a dupla solta seu debut. E conseguiram o que queriam, dar o primeiro passo ao reconhecimento na cena black metal européia. No ano seguinte o segundo álbum é lançado, e já figurava entre os melhores na discografia do black metal. O cd The Shadowthrone conta com a presença do ex-Emperor Samoth, no baixo e em algumas passagens de piano.

No mesmo ano é lançado um split com a banda Norueguesa Enslaved, esse split nada mais é do que a segunda demo regravada. O split leva o nome dessa demo “The Forest Is My Throne”. O próximo capítulo da saga se chama “Nemesis Divina” e foi um completo sucesso. Eles recrutaram o guitarrista do Darkthrone Nocturno Culto, que usou o pseudônimo de Kveldluv.

Foi para esse álbum que o Satyricon gravou seu primeiro vídeo, chamado “Mother North”.

Em 1997 o grupo lança um ep chamado “Megiddo” com quatro músicas entre elas um cover “animal” para Orgasmatron do Motorhead e um remix que quase matou muitos dos fãs da banda de susto da banda electro-punk Apoptygma Berzerk.

Cerca de dois anos após esse susto, eis que em 1999 a banda volta com um EP, chamado “Intermezzo”. Nesse material tem um excelente cover da banda brasileira de black-death metal Sarcófago. A música escolhida foi “INRI”, o Satyricon assume ser fã incondicional não só da banda, mas como de toda a cena black metal brasileira.

No mesmo ano o grupo solta seu quarto álbum, dessa vez pela gravadora alemã Nuclear Blast. Com o título de “Rebel Extravaganza”, algumas mudanças bruscas aconteceram na sonoridade do grupo, as letras obscuras e o black mais tradicional quase que desapareceram, fazendo com que a sonoridade do grupo se assemelhasse a alguns de power metal, mas com vocais ríspidos. Mas o álbum foi um sucesso em vendas, e o grupo abriu a para o Pantera em sua passagem pela Europa.

Desentendimentos com a Nuclear Blast e um contrato muito melhor com uma Major levaram o Satyricon para a Capitol. O primeiro álbum pela Capitol foi uma coletânea lançada em 2002 chamada “Ten Diadems”.

Essa coletânea serviu como um excelente aperitivo pra quem ainda não conhecia a banda, pois no mesmo ano o Satyricon lança o fabuloso Volcano. Um excelente álbum com riffs poderosos. Vale conferir o clipe “Fuel for Hatred” a música carro chefe do álbum.

Apensar de toda a controvérsia que circula no nome da banda, muitos fãs criticam a mudança de sonoridade do grupo, o afastamento do Black Metal mais tradicional, mas o álbum Volcano vendeu muito bem. Diversos shows da banda tiveram ingressos esgotados.

Algumas complicações ocorreram na turnê da América do Norte em 2004, que foi cancelada porque os dois guitarristas foram presos após serem acusados de drogar e estuprar uma mulher em um show em Toronto. Ambos foram liberados após pegarem fiança de 50000 dólares canadenses. (Fonte: Wikipédia)

Após diversas turnês bem sucedidas pelo mundo e a saída da Capitol, o Satyricon assinou com a americana Roadrunner. E um novo álbum só veio quatro anos depois. Em 2006 o grupo lançou “Now, Diabolical”.

O sexto trabalho de estúdio do Satyricon tem uma sonoridade ainda calcada no álbum anterior, ou seja, vocais rasgados, instrumental beirando o thrash metal. Musicalmente é um disco menos trabalhado do que Volcano, mas com ótimas passagens como as músicas: “Now, Diabolical”, que abre o cd, “King” e “The Pentagram Burns”. O álbum fecha com a atmosférica “To the Mountains”, a música com mais de oito minutos de duração mostrou que o Satyricon ainda não tirou todo o pé do Black Metal que outrora ajudou a disseminar mundo a fora.

Em 2008 o grupo retornou ao cenário com “The Age of Nero”. Muito bem produzido e com aquela sonoridade que se tornou a identidade da banda, ou seja, thrash metal com cadenciamento de trilha sorona para uma marcha de guerra. Entre as faixas que se destacam, fico com: “Commando”, que abre o cd, “Die by my hand”

A tour de lançamento do álbum começou pela Índia e teve ótima resposta do público. Em uma entrevista ao site PyroMusic.net, o baterista Frost explica porque começaram a tour pela Índia: “- É um novo território para tocarmos. Estamos bem excitados por essa apresentação”. E o baterista complemente: “Queríamos começar as primeiras apresentações em um lugar onde não havíamos tocado ainda. Atualmente o público da Índia tem dado respostas positivas ao nosso trabalho”.

Atualmente o grupo segue em tour para divulgação do novo trabalho. Em novembro de 2011 o Satyricon desembarca no Brasil para uma única apresentação que promete muito. O show será realizado em São Paulo no dia 06/11.

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